Foi em maio de 1946 que Louis Réard – um engenheiro automotivo francês, que na época administrava a loja de lingerie da mãe em Paris – apresentou duas peças pequenas de roupa, promovendo-a como “o menor maiô do mundo”. Ao mesmo tempo e sem saber, o designer de moda Jacques Haim estava trabalhando num design semelhante.
Réard chamou sua invenção de biquíni por causa dos testes nucleares no atol de Bikini. Ele pensou que todos ficariam chocados com a exibição ousada de curvas e umbigos. Ele estava certo. Durante muitos anos, o biquíni causou mais surpresa que qualquer um dos testes nucleares feitos pelos EUA e pela União Soviética. A piada na época era que o “biquíni” dividiu o “átomo”, porque ele foi apresentado logo depois de um maiô pequeno de uma peça, chamado de Atome (átomo, em francês).
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O biquíni estava tão explosivo que até as rainhas do maiô nos EUA não aprovaram, como relata o Los Angeles Times em 1949:
A bela loira e rainha do maiô Bebe Shopp, 18, de Hopkins, Minn. recebeu boas-vindas com entusiasmo em Paris, mas ela disse que não mudou de ideia em relação a maiôs franceses… “Eu não aprovo os maiôs Bikini para garotas americanas”, disse Bebe a entrevistadores franceses. “As garotas francesas podem vesti-los se quiserem, mas eu ainda não os aprovo para garotas americanas”.
Ela mal imaginava que o fio-dental já seria usado uma década depois.
A origem real do biquíni
Mas apesar de todos nós podermos comemorar a invenção do biquíni, o engenheiro automotivo e o designer de moda o estavam apenas redescobrindo. Na verdade, o maiô de duas peças já era usado no mundo greco-romano, no terceiro século antes de Cristo.
Este mosaico, descoberto em Villa Romana del Casale, na Itália, é uma prova disto. Seus milhares de ladrilhos coloridos mostram mulheres praticando esportes e se exercitando na praia. Habemus Pamela Anderson!
Este não é o único registro do biquíni nessa época. Em Pompeia, também na Itália, arqueólogos descobriram várias estátuas da deusa Vênus vestida de biquíni. E apenas seiscentos anos antes disto, o filósofo grego Demócrito formulou a teoria atômica do cosmos, que explicava que nosso mundo era feito de pequenas partículas invisíveis em constante movimento.
Mais outra confirmação de que, enfim, nada há que seja novo debaixo do sol. [via: Gizmodo]
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