O mercado finalmente descobriu que há (e sempre houve) uma consumidora muito especial, que foi privada por muito tempo de ter acesso a uma moda íntima que respeitasse suas medidas, necessidade e desejos. Invisíveis para a indústria, as chamadas mulheres “plus size” tiveram que se contentar com adaptações como aumentadores de tamanho de sutiãs ou calcinhas sem estilo.
Não mais! As marcas lançam coleções específicas ou linhas dentro de seu portfólio para atender a este nicho com detalhes fazem toda a diferença para aliar conforto, praticidade e beleza: alças mais largas com opções de cruzamento e fechamento, bojos com maior sustentação, calcinhas com tecidos de maior compressão ou com rendas especiais, laterais mais amplas, decotes e cavas mais profundos são alguns dos pontos que precisam ser levados em conta na hora de se criar uma lingerie plus size.
Algumas empresas focam-se exclusivamente nesta consumidora que, por muito tempo, se sentiu excluída. A Ness encontrou um modelo de negócio rentável e aposta em modelos mais sensuais, colocando um toque de ousadia em suas peças. Neste verão, a aposta será em uma mistura de florais e listras, sem deixar a renda de lado, já que nunca sai de moda – falando nisso, a marca investe em rendas com elasticidade para oferecer ainda mais leveza e conforto às suas consumidoras.
Outras como My Lady e Marcyn são algumas das que também enxergaram oportunidade de negócios ao focarem neste target, tendo muito sucesso com coleções onde há a preocupação constante com modelagem, tecidos, aviamentos e estilos próprios que agradem a uma mulher que precisa de uma lingerie funcional, que valorize seu corpo e a deixe mais bonita e sedutora.
Segundo Fabiana Camilo, modelo plus size e entusiasta desta nova fase para as mulheres que vestem acima de 44, somente há quatro anos é que foi possível começar a encontrar mais opções que fugissem do bege com costuras aparentes no bojo do sutiã e um tecido meio grosseiro, com raras exceções de variação de cor para os também neutros preto e branco.
Como era para você comprar um lingerie no Brasil antes do tamanho “plus size” entrar na moda?
Era impossível encontrar no Brasil uma variedade de modelos de lingerie como as feitas para mulheres magras. Apenas com o movimento que já existia no exterior, principalmente nos Estados Unidos, onde seios são mais valorizados, é que pudemos ter acesso a opções.
As empresas brasileiras começaram a olhar para as mulheres mais gordinhas ou as magras com silicone nos seios como consumidoras poderosas e passaram a criar lingeries com outros materiais como estampas, tecidos mais sedosos, florzinhas, rendinhas, tudo o que as mulheres, sejam magras ou mais gordinhas, gostam. Antes tínhamos vergonha, escondíamos os seios. Agora, queremos decotes e valorizar os seios com um lingerie bonito.
O que é mais importante em um lingerie plus size para suas consumidoras?
Além destas opções de tecidos, estilos, cores e detalhes, a modelagem é fundamental. Se não for bem estudada, enrola embaixo da barriga, aperta na lateral, corta o ombro… Uma mulher precisa de segurança e conforto. Usar um lingerie que machuca não é bom para ninguém.
As gordinhas ganharam apenas opções de lingerie para o dia a dia ou alguma variedade em moda íntima?
O lingerie para a noite também sofreu uma grande mudança. Antes só tínhamos camisola “de vó”, agora temos as rendadas, com fendas, decotes e podemos nos sentir sensuais a qualquer hora.
[via: alllingerie]
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