Terceiro dia de semana de moda de Paris e algumas propostas já começam a se repetir na passarela – isso confirgura a chamada “tendência” que, se e quando adotada na próxima estação, vira moda
Pois bem. Dois desfiles importantes desta quinta (30) confirmaram o que jovens estilistas e marcas mostraram nos dois dias anteriores, dedicados exatamente aos designers novatos (com uma ou outra exceção, como Pierre Cardin). Duas tendências para gostos diferentes chamam a atenção: o verão das camisas revisitadas e o das transparências abundantes. Da primeira fazem parte o time da Balenciaga, cujas camisas sem manga apareceram de forma coadjuvante, mas evidente, na coleção com espírito punk (muito) elegante, com coturnos pretos mas também calças curtas e largas, saias assimétricas e mistura de estampas e texturas. Grifes como Dries Van Noten e a jovem Limi Feu (filha de Yamamoto) também abraçaram a causa, com mais ou menos desconstrução conceitual da peça.
No grupo da sensualidade latente como arma para provocar o desejo de consumo da mulherada, Zac Posen e sua moda sempre recheada de vestidos, alguns feitos diretamente para o tapete vermelho, aposta na transparência para o próximo Verão 2011 europeu. Dirigida desde a coleção passada pelo italiano Marco Zanini, a francesa Rochas também segue este caminho que mistura o chique com o sensual, mas de maneira discreta, em poucos looks no final do desfile. O português Felipe Oliveira Baptista foi outro que investiu na transparência, mas com apelo gráfico, em recortes geométricos e aspecto brilhante. A diferença das transparências de tantas outras estações está na variedade e na maneira como os materiais utilizados são combinados. Tule, organza, tecidos vazados ou furadinhos como piquê e a renda revelam barrigas e pernas, principalmente. Para contrapor esta permissividade explícita, jaquetas estruturadas, saias bem moldadas, tudo o que dê uma certa impressão de armadura, de compostura para o corpo em exibição.
Fonte: UOL Estilo
Deixe um comentário