Você certamente já se perguntou, provavelmente quando tinha uns onze ou doze anos, a razão pela qual você, dali em diante, seria obrigada a usar todo santo dia essa inseparável dupla. Sua mãe e suas tias devem ter dito que “é porque é coisa de menina!” e essa resposta deve ter sido pra lá de insatisfatória.

As pesquisadoras Cecil Willett e Phillis Cunnington se dedicaram a descobrir por qual razão homens e mulheres fazem uso de roupa íntima e chegaram a conclusões bem interessantes:

– Porque faz frio: os homens sempre tiveram o privilégio de usar calças compridas, mas as mulheres tinham de se virar com aquele vento incômodo que entrava debaixo das saias. A solução foi caprichar na roupa íntima: leia-se anáguas, calçolas e mais um monte de camadas. A quantidade de peças só diminuiu com a primeira guerra mundial.

– Porque sustentar o look é preciso: a moda feminina assumiu formas diversas, literalmente. Saias com volumes inacreditáveis eram amparadas por infindáveis camadas de sobressaias, anáguas e afins e tudo isso conta como roupa íntima.

– Porque limpeza é fundamental: é sabido que nossos antepassados não tinham o banho como um hábito muito regular. Levando em conta que as roupas, há 200, 250 anos, eram tão caras que constavam em inventários de herança, era necessário protegê-las das “cracas” cotidianas que ficavam impregnadas na pele. A roupa íntima foi um grande aliado do bolso nessa batalha.

– Porque paquerar é bom demais: dar uma mostrinha da roupa íntima era um tentador convite ao desnudamento: uma rendinha mais sapeca que escapava ao decote era um chamariz irresistível e, no passado, poderia render um bom casamento. Com o caminhar dos anos, as mulheres ficaram mais independentes e poderosas e passaram a fazer uso de lingerie mais sensual apenas em situações que exigissem esse protocolo, como na noite de núpcias ou em um encontro mais íntimo. No dia a dia, quem manda agora é a praticidade.

[via: allingerie]