Tabu
Apesar de ter nascido em terras francesas, foi na Inglaterra que a calcinha se consolidou. Durante o período vitoriano, entre 1837 a 1901, elas se tornaram um imprescindíveis às damas de alto poder aquisitivo, já que possuiam altos preços e boa qualidade. Mas ainda não era comum se ouvir falar sobre a peça, um dos tabus da época.
Em meados do século XIX, os calções femininos ganharam grande importância, já que a moda passou a exigir saias cada vez mais volumosas e sustentadas por sobreposições compostas de muitas anáguas. A partir desse estilo, os chamados “miolos coloridos” se transformaram em tendência. Com ela, cores fortes (como roxo e vermelho intenso) e padronagens de xadrez se destacaram entre as escolhas que garantiam elegância e sensualidade às combinações da época.
A escritora relata ainda que, em 1880, “a calçola escarlate chegou a ser celebrada nos palcos na canção batizada de The Red Flanned Drawers Grandmother Wore (As calçolas de flanela vermelha que minha avó usava)”.
As semelhanças com as atuais começaram a aparecer somente depois da Primeira Guerra Mundial, na década de 1920, que, com seus conflitos, também afetou a mentalidade feminina. Nesse contexto, surge a mulher moderna, que não esconde o corpo. Pelo contrário, passa até a mostrá-lo mais. Desde então, as calcinhas só vêm adquirindo o formato específico para cada cultura e se adequando a diversos estilos.
Fonte: Globo
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