De olho na ampliação do segmento de moda íntima, o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) realizou uma pesquisa específica no setor que pode ajudar a guiar os rumos da produção. Trata-se do primeiro levantamento estatístico sobre o “Comportamento de compra do Consumidor de Roupas Íntimas no Brasil” e contém uma análise de preferências, necessidades e motivações levadas em conta no momento da compra de peças de underwear.
O relatório reflete, principalmente, os noves meses antecedentes à compra, ressaltando o período de vendas das principais coleções da moda brasileira: Outono-Inverno e Primavera-Verão.
A amostra de 1.100 consumidores entrevistados foi constituída de pessoas de ambos os sexos de idade, com idade acima de 15 anos, de todas as classes sociais e residentes em diferentes estados do País.
Confortável ou sexy?
Uma das principais dúvidas de quem fabrica lingerie é: aposto em peças básica ou exploro modelos mais elaborados que ressaltam a sensualidade? O estudo apontou que a imagem do conforto e praticidade, quando o assunto é moda íntima, supera todas as demais características, isso para ambos os sexos.
Em relação à roupa íntima feminina, os consumidores exigem primeiro o conforto (38,3%) e praticidade (básico 14,6%) para suas ações do cotidiano. Ao mesmo tempo, estas peçam não se destinam apenas a proteger a intimidade do corpo e também precisam ser sensuais (13,9%) e românticas (6,8%) em algumas ocasiões.
Analisando-se detalhadamente os aspectos acima apontados, observam-se algumas diferenças na opinião de homens e mulheres em relação à lingerie feminina. Ainda que ambos priorizem o conforto nestas peças, o aspecto sensualidade foi apontado por 22,2% dos homens e 13,2% das mulheres. Também o aspecto romantismo traz diferenças. Enquanto apenas 5,9% do público feminino apontam este item como importante, 17,3% dos homens ressaltam este aspecto. Já as imagens de “vanguarda e exotismo” são as últimas da lista de homens e mulheres com apenas 0,4% das preferências na hora da compra.
Já em relação à roupa íntima masculina, novamente o item conforto é o mais importante para homens e mulheres, com 38,7% no total; assim como a praticidade (14,2%). Em paralelo, as peças masculinas não se destinam apenas a proteger a intimidade do corpo: elas precisam ser jovens (10,3%), atuais (10,1%) e sexy (8,3%) em algumas ocasiões.
Motivação para compra
Na hora de adquirir uma peça nova, a principal motivação do público feminino é substituir uma peça antiga, apontada por 31,6% da montante. Em segundo e terceiro lugares aparece a “vontade de me dar um presente e me sentir bonita”, com 22,9% e 22,5% da amostra, respectivamente. Para os consumidores do sexo masculino que compram lingerie feminina para suas parceiras, substituir uma peça antiga também é o primeiro colocado, seguido pelo ato de presentear em alguma ocasião especial, como dia dos namorados, aniversário, viagens e etc. Já quando vão adquirir roupas íntima para si mesmos, o que os homens mais levam em consideração é substituir uma peça antiga, a “vontade de me sentir bonito e me dar um presente” completam os fatores motivacionais deles. Menos românticas ou preocupadas com o visual dos homens, 100% das mulheres que compraram roupas íntimas masculinas tiveram como principal motivo substituir uma peça antiga.
Entenda os perfis
Entender o comportamento de compra dos consumidores de roupa íntima em sua última compra e as variáveis que influem neste comportamento como a distinção dos aspectos satisfatórios e insatisfatórios do produto, as motivações para compra, hábitos, características e atributos é definir seu perfil através de um padrão de consumo, além de suas características pessoais, renda, classe e grupo social.
O perfil do consumidor (comprador) de roupa íntima feminina pode ser determinado pelos seguintes aspectos:
– Os compradores são na maioria do sexo feminino, jovem, na faixa etária entre 25 e 34 anos; 48% destes consumidores estão no ensino médio e 29,9% no ensino superior;
– A maior concentração dos consumidores de roupas íntimas femininas (57,1%), está nas classes econômicas B2/C, cuja renda familiar se situa entre R$ 2.041 e R$ 7.650 mensais;
– Mais de 78% dos consumidores de roupas íntimas femininas realizaram suas compras em lojas físicas, 48% em lojas multimarcas e 33% em lojas de departamentos. A compra de revendedoras (porta a porta) ocupa uma posição de destaque neste produto, muito além da média no grupo de roupas em geral, com nada menos que 19,7% de participação, contra 7% para roupas masculinas. O pagamento à vista foi praticado em 66% das compras. O gasto médio do consumidor foi de R$ 93,20 na última compra.
Por sua vez, o perfil do consumidor (comprador) de roupa íntima masculina pode ser determinado pelas seguintes características:
– Os consumidores de roupas íntimas masculinas também estão na faixa etária entre 25 e 34 anos. 53,4% deles estão no ensino médio e 20,5% no ensino superior;
– A maior concentração dos consumidores de roupas íntimas masculinas (59,8%), está também nas classes econômicas B2/C, cuja renda familiar se situa entre R$ 2.041 e R$ 7.650 mensais;
– A maior parcela dos consumidores não é um grupo fidelizado, ou seja, que tem uma freqüência regular na mesma loja;
– Mais de 90% dos consumidores de roupa íntima masculina fazem suas compras em lojas físicas: 51% em lojas multimarcas e 28% em lojas de departamentos. 72% deles pagaram sua última compra à vista. O gasto médio na última compra foi de R$ 115,85.
Redação – Dados: IEMI
[via:alllingerie]
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