Modelo usando body rendado

História da moda íntima: saiba o que mudou em um século!

14 fevereiro, 2017


5 min (tempo estimado de leitura)

Se você trabalha na indústria da moda, com certeza, já sabe o quanto ela evoluiu desde a indumentária até os dias de hoje, certo? Com a história da moda íntima, não foi diferente!

Existem alguns detalhes imperdíveis que você precisa saber sobre essa história, que podem até mesmo te auxiliar na criação de coleções e na escolha de peças para o seu negócio. Veja a seguir!

1910: A despedida do espartilho

Mulheres com espartilhos de 1910

Imagem: Lu Morazzi

Em 1908, Paul Poiret, um dos estilistas pioneiros, propôs o fim do uso do espartilho e de vestidos que marcavam o corpo de forma mais natural, acima da cintura, bem a tempo de proporcionar mais conforto e funcionalidade às peças femininas durante a Primeira Grande Guerra (1914 – 1918).

Além disso, Mary Tucek ficou conhecida por criar um protótipo de sutiã que consistia em bojos separados, alças e presilha de colchetes nas costas. Entretanto, a peça foi patenteada em sua forma mais simples, sem bojo, apenas com tiras de seda, por Mary Phelps em 1914, e o produto começou a ser comercializado.

1920: A primeira calcinha

Se antes calças até o joelho eram utilizadas como roupa íntima, Gabrielle Chanel, futuro ícone da moda, lançou as primeiras calcinhas femininas, que cobriam o quadril e possuíam rendas como adorno.

Enquanto isso, o sutiã triângulo se tornou tendência se tornou tendência, formado por dois triângulos de tecido cujas alças trespassavam nas costas e se prendiam na parte da frente.

1930 e 1940: O novo molde dos seios

Mulheres com sutiã de seda em formato de triângulo

Imagem: Valisere

No meio da década de 30, sutiãs que empinavam os peitos entraram em voga e suas versões com bojo começaram a ser comercializadas. Na década seguinte, foram novamente aprimorados com enchimentos e, em sua maioria, eram feitos de náilon, que garantia conforto e praticidade de manutenção à peça.

1950: As tendências e a sensualidade

Mulheres de sutiãs com almofada

Imagem: Universo Retrô

Modelos de calcinha começam a acompanhar as tendências de moda praia. Enquanto isso, a tendência pin up e as atrizes de cinema fizeram com que a roupa íntima passasse a possuir uma conotação sensual.

Surgiu também um novo modelo de sutiã que possuía almofadas de ar e alças que começavam nos lados externos da peça, quase abaixo das axilas, fazendo com que os seios ficassem estufados.

1960 e 1970: Um toque de ousadia

Mulher levantando vestido e aparecendo a cinta-liga

Imagem: Valisere

No início da década de 60, a novidade foram as cintas-liga, as meias 7/8 e alças elásticas para os sutiãs. Já na década seguinte, surgiu o modelo tanga para as calcinhas, além de novos tecidos, como as transparências, para sutiãs e calcinhas em geral.

1980: O debate sobre liberdade sexual

Mulheres com lingeries transparentes e fio dental

Imagem: Nostalgiarama

Além do surgimento do modelo fio dental, as lingeries surgem nessa época espelhando a emancipação das mulheres da classe média. Elas não só haviam conquistado direitos civis, trabalhistas e lutavam por uma maior participação política, mas também debatiam muito sobre seu direito à liberdade sexual, a relação da sexualidade com o amor , a maternidade e até mesmo o caráter.

Nessa história, o anticoncepcional se tornou um grande aliado e as mulheres iniciaram uma valorização de seu poder de sedução por meio das lingeries, uma peça para ser apreciada. Passaram a existir, portanto, roupas íntimas para cada momento do cotidiano, desde as mais casuais até as mais eróticas.

1990: A influência do esporte

Madonna com sutiã de arame por cima da blusa

Imagem: Reprodução

Nessa época, a novidade foram as primeiras roupas íntimas sem costura e o surgimento das roupas íntimas esportivas. Além disso, a cantora Madonna se tornou um ícone por ousar utilizando sutiã por cima da roupa, e peças com tecidos como o látex, associados ao BDSM, se tornam o look da mulher femme fatale.

2000 e 2010: A tecnologia e o conforto

Modelos desfilando de lingerie usando asas

Desfile Victoria’s Secrets. Imagem: Reprodução

Tecidos tecnológicos começam a surgir a partir dos anos 2000. Um bom exemplo é a calcinha que dispensa o uso de absorvente ou coletor menstrual. Surge uma maior preocupação com o conforto das peças íntimas femininas com calcinhas com laterais mais largas e sutiãs sem bojo, rendados, que se adequam ao formato dos corpos.

Agora que você já conferiu a história da moda íntima ao longo dos últimos 100 anos, não deixe de revisitar esses destaques em busca de inspirações — afinal, a moda sempre se renova e revive itens associando-os a novos conceitos.

Aproveite e confira nosso post sobre as tendências para moda íntima do verão 2017 e 2018!


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