Elegância, classe e bom gosto são palavras usadas, frequentemente, para descrever um dos nomes que mudaram a história da moda no mundo: Valentino Clemente Ludovico Garavani. Sua obra, incomparável graças à qualidade e a excelência de seus desenhos e escolhas criativas, rendeu-lhe a alcunha de “rei do chic”.
Não à toa. A moda de Valentino encantou por misturar, com harmonia, luxo e elegância na medida certa. Conheça mais sobre a história dele.
Talento nato
Nascido em 1932, na pequena província de Voghera, na Itália, Valentino tinha um incontestável tino para as artes, sendo um leitor voraz de arquitetura, escultura e pintura, além de um desenhista habilidoso.
Assim, aos 18 anos, após se formar no curso de desenho de moda, em Milão, partiu para Paris a fim de estudar alta costura. Mostrou-se um talento inegável vencendo um concurso de estilismo e conquistando um emprego no ateliê de Jean Dessès.
Após alguns anos, já atuando como estilista na área comercial, o jovem Valentino regressa à Itália e abre o próprio estúdio. Suas criações entraram na mira da atriz Elizabeth Taylor que, totalmente seduzida por seus desenhos, enverga pela primeira vez, em um tapete vermelho, uma obra do estilista italiano.
Não demorou muito para que Valentino lançasse sua primeira coleção e, assim, realizasse o primeiro de incontáveis desfiles. Nascia aí, ainda como um criador em ascensão, um mestre da alta costura italiana.
Ganhando o mundo
Além da precisão no que dizia respeito à alta costura, Valentino era um visionário. Ainda na década de 60, firmou uma parceria com Giancarlo Grammetti, que seria, ao longo de muitos anos, diretor comercial da grife e responsável pela expansão internacional da marca.
De lá para cá as conquistas e os destaques de Valentino não pararam mais. No final dos anos 60, lançou o conhecido “V”, que daria identidade à sua marca. Na década de 1970, abriu suas maisons em Roma e Milão, levou um desfile pela primeira vez para a cidade de Paris e apresentou sua primeira fragrância.
Seguiu investindo em sua marca lançando também uma coleção masculina, abrindo lojas luxuosas nos Estados Unidos e no Japão e embarcando no mercado da decoração com linhas variadas – desde tecidos até móveis.
Altos e baixos
Quando os anos 80 chegaram, exagerados e extravagantes, Valentino conquistou de vez a França e, pioneiramente, tornou-se o primeiro estilista italiano na Semana da Moda de Paris. Assim, apresentou uma coleção inesquecível, inspirada num movimento artístico do século 20.
Sempre à frente de seu tempo, não se deixou abater pelos percalços do caminho. No fim dos anos 90, vendeu sua marca para uma associação industrial que não soube lidar com o que tinha em mãos.
A grife poderia ter caído no esquecimento, não fosse o conglomerado de marcas Marzotto Group, que resgatou não apenas sua fama, como lançou no mercado aquela que viria a ser uma das assinaturas do estilista: o “vermelho Valentino”.
O fim da Era Valentino
Em 2008, após 45 anos de moda, o fenômeno fashion italiano decidiu se aposentar. Mas não sem a pompa e o luxo que sempre ditaram os passos de sua longa carreira. Despediu-se com um desfile memorável e uma de suas frases de efeito: “Gostaria de sair da festa enquanto ela ainda está cheia”.
Hoje, sua grife é comandada pelos estilistas Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli que, em homenagem ao mestre, lançaram o Museu Virtual Valentino Garavani, onde é possível conhecer todo o acervo da marca.
Valentino marcou gerações de apaixonados pela moda com suas criações, mas não foi o único. Conheça um pouco da história de vida e carreira de outros nomes que são ícones no mercado fashion, como Coco Chanel.
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