Ao longo dos últimos anos, a expectativa dos consumidores do varejo de moda mudou. O comércio online transformou a experiência dos compradores e hoje, mais do que nunca, as lojas físicas precisam oferecer mais do que o fechamento puro e simples de um negócio para se manterem relevantes.
E é exatamente nisso que gigantes do setor estão investindo: na ressignificação da visita do cliente a suas lojas.
A WGSN, líder mundial em previsão de tendências, apresentou um estudo mostrando como essas empresas estão inovando para se manterem alinhadas com as atuais perspectivas dos consumidores.
Entretenimento experiencial
As novas gerações de consumidores estão dispostas a pagar mais para ter melhores experiências, tanto físicas quanto mentais. Por isso, empresas estão remodelando seus espaços para incluir áreas que ofereçam atividades que mobilizam o público, como a Lululemon, marca canadense de roupas esportivas. Em sua loja no centro de Nova Iorque, os visitantes podem mergulhar em meditações autoguiadas. A americana Under Armor, outra marca esportiva, realiza shows, workshops e aulas dinâmicas com o mesmo objetivo. Aplicadas da maneira certa, essas atividades aprofundam a lealdade do consumidor.
Saiba como é feita a pesquisa de tendências
Testes ao vivo
O antigo conceito de ‘olhe sem tocar’ cai por terra com a incorporação das experimentações ao vivo, como propõe a Nike com os testes imersivos em suas lojas. Para promover seus tênis Nike Epic React, ela utilizou a Realidade Aumentada em espaços selecionados na China. Com a tecnologia, os clientes podiam calçar os tênis e correr em uma esteira enquanto pulavam obstáculos virtuais. Essa novidade promete funcionar bem nos segmentos onde o usuário quer se divertir, ser educado e submetido a emoções, como nas áreas esportivas, de calçados, infantis e de beleza.
Pedidos automatizados
Outro exemplo de evolução do varejo de moda é da Zara, que inaugurou em Londres uma loja especialmente projetada para a retirada e cobrança de pedidos feitos pela internet. Um leitor óptico verifica o QR code ou código PIN dos clientes – depois disso, um robô com capacidade para operar até 2.400 pedidos simultaneamente localiza o pacote no estoque e faz a entrega.
Consumidores cada vez mais idosos
Com o aumento da expectativa de vida, a população está envelhecendo. Por isso, é importante se preparar para atender consumidores mais velhos – as lojas precisam ser inclusivas, pensando em possíveis problemas de mobilidade e deficiências visuais dos clientes. No Japão, a loja de departamento Keio descobriu que 70% dos seus clientes tem mais de 50 anos. Como estratégia, reorganizou as roupas por preço, tamanho e cor ao invés de marcas, aumentando as vendas. O varejo de moda pensado para os mais idosos em ações como iluminação mais brilhante, pisos antiderrapantes, acessibilidade e carrinhos de compras mais leves são essenciais para conquistar esse público crescente.
Quer ser uma loja do futuro?
A palavra-chave do varejo de moda do futuro é per-so-na-li-za-ção. Ofereça uma solução sob medida para cada pessoa que entrar em seu espaço, de acordo com sua idade, gênero, condições físicas e o que deseja adquirir. A era digital fornece um conhecimento do consumidor a nível de indivíduo, gerando mais relevância.
Lembre-se: a loja física deve proporcionar as experiências positivas que o comércio online deixa a desejar. Para ficar ainda mais por dentro do assunto, confira nosso artigo que conta como a tecnologia está revolucionando o varejo.
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