Você já ouviu falar das calcinhas absorventes? Novidade no mercado brasileiro, essas peças íntimas substituem os absorventes descartáveis e são uma solução sustentável para o período menstrual. Além de proteger a natureza, evitando que milhares de absorventes comuns sejam descartados no meio ambiente, elas prometem dar mais liberdade às mulheres.
Moda e sustentabilidade podem andar juntas?
Mas como funciona?
Semelhantes às calcinhas comuns, os modelos absorventes se diferem pela camada extra de tecido na parte inferior, entre as pernas. Essa camada torna a peça absorvente, impermeável e respirável, capaz de segurar o fluxo menstrual apesar de ter apenas uma fração da espessura dos absorventes externos comuns. O revestimento do forro é composto por uma membrana que tem orifícios menores do que uma molécula de água, mas maiores do que as moléculas de ar, deixando que a pele respire. A medida evita a proliferação de fungos e bactérias, os responsáveis por infecções e maus odores.
E o melhor: elas são totalmente laváveis e duram cerca de 2 anos (em torno de 50 lavagens).
Para fazer a higienização, é preciso primeiro lavar a peça à mão na água fria, até que todo o fluxo seja retirado da calcinha. Depois, basta colocá-la em um saco protetor que vem junto com a embalagem e pôr na máquina de lavar com outras roupas, evitando apenas ciclos longos de lavagem. Excluir amaciantes e utilizar sabão líquido neutro também são indicados, já que eles podem prejudicar a capacidade de absorção do tecido.
Cada calcinha equivale ao tempo de uso de dois absorventes descartáveis, internos ou externos, mas é preciso observar com atenção, durante os primeiros usos, como a peça irá se comportar de acordo com o fluxo menstrual da mulher. Além dos modelos com design variado, é possível encontrar peças com capacidade de absorção variando de fluxo leve a intenso. Em alguns casos, quando há muito sangramento, a calcinha pode funcionar como uma proteção adicional de coletores e absorventes internos, evitando preocupações com vazamentos.
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No Brasil, já surgiram três marcas que desenvolvem e comercializam as calcinhas absorventes. A Panty’s, pioneira, possui 6 modelos e trabalha com tamanhos do PP ao GG. A marca também produz sutiãs absorventes para as mulheres que amamentam e lançou biquínis com a mesma tecnologia, oferecendo mais liberdade e conforto nos dias de praia ou piscina. A catarinense Korui inovou e, além das calcinhas absorventes, também produz absorventes externos reutilizáveis.
Já a Herself, do Rio Grande do Sul, que surgiu com a proposta de quebrar os tabus que ainda envolvem a menstruação, comercializa 3 modelos: Zuzu, Frida e Ceci. Para a moda praia, são 4 os modelos de biquínis e maiôs. As calcinhas da marca possuem o elástico Himalaio, da Zanotti, como acabamento na cintura. No ano passado, as peças foram apresentadas no programa Encontro com Fátima Bernardes:
Mais confortáveis do que os absorventes externos, a novidade protege o meio ambiente: uma mulher menstrua por cerca de 40 anos, totalizando quase 500 ciclos e utilizando aproximadamente 12 mil absorventes descartáveis no processo. Prova de que a preocupação com os danos que causamos ao nosso habitat veio para ficar em todos os setores, a sustentabilidade é uma das tendências do mercado têxtil.
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