Fios para confecção têxtil

A Indústria Têxtil: uma jornada histórica

20 abril, 2024


11 min (tempo estimado de leitura)

A jornada histórica da indústria têxtil já passou por muitas mudanças ao longo dos anos. Desde a tecelagem manual até a fabricação de tecidos sintéticos de alta tecnologia, saiba mais sobre fatores que determinam a relevância deste dia.

Instituído ao dia 21 de abril, o dia da Indústria Têxtil, tem grande relevância para a história que vivemos hoje. Conhecida como uma das indústrias mais antigas e importantes do mundo, esse ramo de atuação tem sido responsável por muitos avanços tecnológicos e sociais no decorrer de décadas.

Saiba agora algumas das conquistas e marcos mais relevantes ao longo dessa jornada, e o porquê essa data foi escolhida para comemorar o dia da indústria têxtil. Continue a leitura!

 

O princípio dessa produção

A tecelagem manual, uma das primeiras formas de produção têxtil, remonta a mais de 5.000 anos atrás. Antes mesmo da invenção da roda, mulheres dominavam esse processo, utilizando teares para criar tecidos a partir de fibras naturais como algodão, linho e seda. Os quais eram empregados na confecção de roupas, cobertores e outros artigos.

Durante décadas, mulheres se reuniam para tecer, compartilhando técnicas e experiências com as gerações mais jovens. Sendo uma tradição passada pessoalmente entre as produtoras.

Posteriormente, foi incluído a essa tradição o tear que contava com o auxílio da roda, proporcionando um aumento na capacidade de produção de tecidos, já que agora, era possível tecer os tecidos com menos esforços e maior agilidade. Aqui podemos apontar como sendo o primeiro marco importante nessa jornada.

 

Invenções que revolucionaram a história

Logo, a Revolução Industrial, que começou na Inglaterra no final do século XVIII, iria marcar um avanço na produção têxtil, já que o movimento trazia esclarecimentos e propostas de organização da produção no formato linear. Ou seja, era atribuído ao funcionário da indústria a realização de uma única tarefa necessária para a confecção do produto.

Essa proposta de implementar a linha de produção chegou e foi aplicada em todos os ramos industriais, sendo ela a principal mudança ocorrida durante esse período revolucionário. Agora as indústrias sabiam como produzir mais em menos tempo e com cada vez mais precisão e aperfeiçoamento de cada etapa do processo. 

Além disso, durante esse período as invenções de novos maquinários direcionados para a indústria têxtil foram responsáveis para transformar ainda mais a forma que o mundo inteiro produzia seus tecidos.

Imagem com invenções de máquinas que contribuiram para a indústria textil. máquina de fiação mecânica; tear mecânico ; máquinas de costura

A invenção da máquina de fiação mecânica por James Hargreaves, em 1764, por exemplo, permitiu que um único operador pudesse girar várias bobinas de fios de uma só vez, o que aumentou significativamente a produção de fios.

Em seguida, a invenção do tear mecânico por Edmund Cartwright, em 1785, permitiu a produção em massa de tecidos. Essas duas inovações, determinaram um ponto importantíssimo na jornada histórica da indústria têxtil, pois permitiram que ela se expandisse rapidamente.

Essa expansão, por sua vez, foi a responsável pelo gigantesco desenvolvimento das fábricas de tecidos e à produção em massa de roupas. Fechando com chave de ouro, a terceira invenção mais relevante no segmento sendo o surgimento da máquina de costura em 1846.

 

Primeiras inovações de produtos 

Chegamos ao final do século XIX e início do século XX, onde a jornada histórica da indústria têxtil passa por mais mudanças significativas para o segmento.

A revolução e constante melhoria dos maquinários de produção são observados até hoje, estimuladas ainda pela competitividade entre fornecedores de tecnologias focadas na automação industrial.

Porém, nesse período não foram as mudanças na forma de produção que marcaram a história da fabricação de tecidos, mas sim uma revolução no tipo de material produzido.

A invenção do algodão sintético em 1885, seguido pelo Nylon em 1935, mudou o jogo para a produção de fibras artificiais. Essas novas fibras eram mais duráveis e mais baratas de produzir do que as fibras naturais, o que aumentou as possibilidades de criação. Oportunizando ainda mais crescimento, significado e importância desse ramo para os sistemas financeiros de todo o planeta.

 

Ética e sustentabilidade entram na moda

Símbolo de reciclagem, com peças de roupas sustentáveis

A produção em massa de roupas e tecidos continuou a crescer na década de 1950, impulsionada pelo aumento da demanda por roupas de moda e pelo desenvolvimento de novas tecnologias de fabricação.

A invenção da fibra de poliéster em 1951 permitiu que a indústria têxtil produzisse tecidos ainda mais baratos e duráveis.

Na década de 1960, a indústria têxtil passou por uma mudança significativa com o movimento da contracultura. A moda passou a ser vista como uma forma de expressão pessoal e as roupas começaram a ser feitas de forma mais criativa e ousada. Isso levou ao surgimento de novas marcas e designers, que começaram a desafiar as normas da indústria têxtil tradicional.

A partir da década de 1970, a indústria têxtil enfrentou desafios significativos em relação à sustentabilidade e aos direitos trabalhistas. Além disso, a produção em massa de roupas levou a um grande impacto ambiental, com a poluição da água e do ar causada por produtos químicos utilizados no processo de fabricação.

Em suma, a exploração de trabalhadores em países em desenvolvimento se tornou uma questão cada vez mais preocupante. Esses desafios levaram a um aumento da conscientização sobre a necessidade de uma produção têxtil mais ética e sustentável.

 

A Indústria têxtil no Brasil

No Brasil, a indústria têxtil iniciou no século XIX, com a instalação das primeiras fábricas de tecidos movidas a água, em meados de 1840. Contudo, somente a partir da década de 1930 que começou a se desenvolver de forma mais intensa, com a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e a implantação de políticas governamentais para a industrialização do país.

A partir da década de 1950, começou a se modernizar e se expandir, com a criação de novas fábricas e a introdução de novas tecnologias. Como a produção de tecidos sintéticos e a utilização de máquinas automáticas.

Neste período, o setor têxtil se tornou um dos principais motores da economia brasileira, gerando empregos e impulsionando o desenvolvimento do país.

Ao longo das últimas décadas, enfrentou diversos desafios, como a concorrência de produtos importados e a flutuação do câmbio. Contudo, o setor tem conseguido se reinventar e se adaptar às mudanças do mercado, investindo em tecnologia, inovação e sustentabilidade.

 

As conquistas da indústria têxtil brasileira

Entre as principais conquistas brasileiras desde então, destaca-se a diversificação da produção e fabricação de tecidos de alta qualidade e valor agregado. A ampliação da exportação de produtos têxteis, a modernização do parque fabril e a adoção de práticas sustentáveis. Como a utilização de matérias-primas orgânicas e o desenvolvimento de processos produtivos menos poluentes.

Além disso, a indústria têxtil brasileira tem contribuído para o fortalecimento da cadeia produtiva do país, gerando empregos e renda em diversos setores, como o agrícola, o de transporte e o de comércio.Imagem de máquinas da Zanotti Elásticos

Atualmente, o setor têxtil brasileiro é um dos mais importantes da economia nacional, representando cerca de 5% do PIB e empregando mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o país.

 

A indústria têxtil de hoje

Atualmente, a indústria têxtil continua a enfrentar desafios significativos em relação à sustentabilidade, mas também tem visto muitas inovações tecnológicas.

A impressão em 3D de tecidos, a fabricação de tecidos a partir de materiais reciclados e a incorporação de tecnologia wearable (roupas inteligentes) são apenas algumas das inovações recentes que estão mudando como a indústria têxtil produz e comercializa roupas.

A Zanotti entende bem sobre a importância desse tema e leva a sério as políticas ambientais na hora da produção dos elásticos. No final dessa leitura, confira as práticas de sustentabilidade da Zanotti, em no nosso blog!

 

Indústria Têxtil: Entenda a data 21 de abril

Imagem das máquinas em produção Zanotti elásticos

Por fim, após entendermos um pouco dessa jornada e termos um bom conhecimento sobre a indústria têxtil, chegou o momento de conhecer a motivação para que o dia 21 de abril fosse o escolhido para celebrar essa data tão importante.

A data escolhida é uma homenagem à primeira fábrica têxtil do nosso país, a Fábrica de Tecidos da Bangu, que está situada no Rio de Janeiro. A indústria Bangu, foi fundada em 6 de março de 1892 pelo empresário francês Émile Mallet, que trouxe da Europa máquinas modernizadas e tecnologia para a produção de tecidos.

Pioneira na produção de tecidos de algodão e lã em grande escala no Brasil, a inauguração desta fábrica marcou a industrialização do país. Pois, até então, o Brasil dependia da importação de tecidos. A partir daí, a indústria têxtil no Brasil foi crescendo e se desenvolvendo cada vez mais, tornando-se um setor importante da economia do país.

Em suma, a comemoração desse dia possibilita a valorização do trabalho e a importância dos profissionais da indústria têxtil. Assim como para reconhecer a contribuição desse setor no desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Agora que você já sabe os principais marcos na jornada histórica da indústria têxtil e até o porquê essa data foi escolhida. Confira mais notícias e novidades que temos preparadas aqui no nosso blog e inspire-se

Logo da Zanotti Elásticos mostrando sustentabilidade na indústria Têxtil


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