Como planejar a sua loja para transmitir sensações

13 junho, 2025
tempo

7 min (tempo estimado de leitura)


A alegria é uma emoção-chave para 2027, de acordo com a WGSN. Mas você sabe como despertar emoções estrategicamente? Essa é uma habilidade essencial na comunicação e no marketing, por isso, trouxemos esse assunto para a matéria de blog de hoje. Vamos te ajudar a planejar a sua loja para transmitir sensações!

Atualmente, as lojas são lugares, para além da compra e venda de produtos, de exploração, conexão, diversão e criatividade no universo das marcas. Portanto, preparamos esse conteúdo com seis tendências de design cheias de alegria para combater a ansiedade, o medo e o tédio dos consumidores modernos. Então, vamos lá!

 

WGSN e a Alegria estratégica

Para embasar nossa matéria, estamos utilizando pesquisas da WGSN! Se você já nos acompanha por aqui, com certeza já conhece, mas a WGSN trata-se de uma das principais empresas de previsão e análise de mercado, principalmente para o universo da moda. Com diversas pesquisas, essa ferramenta nos auxilia a identificar as novidades e tendências que farão sucesso nas próximas estações.

A empresa identificou a alegria como uma emoção-chave para 2027, e para se alinhar com essa emoção, os varejistas podem trazer mais diversão, brincadeira e criatividade para o design de suas lojas. O propósito disso é a busca pelo bem-estar e descontração, capaz de aliviar o estresse.

 

Loja como espaço de alegria

Lojas físicas têm cada vez mais se transformado em espaços de experiência, não apenas de venda. Um relatório da VML de 2023 mostrou que consumidores têm quase o dobro de propensão a comprar de marcas que provocam sentimentos de alegria (49%) ou encantamento (45%), em comparação com aquelas que apenas vendem (26%). Ou seja, criar um ambiente positivo impacta nos resultados e pode aumentar até o tempo de permanência na loja.

Isso acontece porque proporcionar uma experiência agradável pode levar o consumidor ao chamado estado de flow, isto é, quando uma pessoa está totalmente focada e envolvida em uma atividade.

Nesse estado, a pessoa tende a perceber o tempo de forma mais leve e a vivenciar a compra de maneira mais significativa. Para o lojista, isso significa mais chances de conexão com o cliente e fidelização.

Portanto, investir em ambientes que geram bem-estar é uma estratégia prática para melhorar a experiência e, como consequência, os resultados de venda. Então, vamos conferir as tendências que estão atreladas a esse cenário!

 

1- Cores carregadas de sensações na loja

Para a primeira estratégia, falamos sobre as cores que estão sempre intimamente ligadas às emoções. Tons vibrantes são perfeitos para provocar alegria e admiração nos consumidores e criar espaços de varejo coloridos e animados.

Nesse sentido, é importante reconhecer que cada cor tem um impacto fisiológico e simbólico. Você pode escolher, de acordo com sua proposta, tons que acalmam ou que energizam, por exemplo. E dessa forma, posicionar em seu espaço algum objeto, decoração ou detalhe com a cor.

Além disso, tenha em mente que valores como a comunidade são os principais propulsores de compra e fidelidade, principalmente no período de desconexão em que vivemos. Assim, a cor pode ser usada para dar vida a uma narrativa que une as pessoas e a sua marca.

Para saber mais sobre esse assunto, conheça também nossa matéria de blog Psicologia das cores na moda: como inserir na sua coleção

 

2- Paisagens lúdicas participativas

Agora, essa segunda estratégia propõe transformar o ponto de venda em um espaço de interação, para fazer as pessoas se divertirem. Para isso, a ideia é criar ambientes que estimulem a imaginação e incentivem uma participação ativa dos consumidores.

Afinal, em tempos marcados por incertezas, muitas pessoas buscam na experiência de compra uma forma de se desligar das tensões do dia a dia. E, nesse contexto, a brincadeira pode ser um caminho para isso.

Aqui, vale explorar recursos como jogos simples, ativações com máquinas interativas ou elementos que remetam à infância, despertando memórias afetivas. Essa abordagem também está relacionada com o tempo de permanência na loja, além de estimular o envolvimento emocional com a marca.

Assim, apostar em experiências lúdicas é uma forma de sair do lugar comum e criar conexões mais profundas com os clientes, posicionando sua loja como um espaço em que se criam boas lembranças e não só de fazer compras.

 

3- Adereços e acessórios teatrais na loja

Nesta estratégia, a proposta é surpreender visualmente e estimular a curiosidade do público. Pode-se apostar em adereços ousados, peças exageradas e elementos cenográficos maximalistas. Dessa forma, você atrai mais pessoas e torna a experiência de compra mais marcante.

Nesse mesmo sentido, o uso de temas nostálgicos, kitsch ou até caóticos pode ajudar a despertar emoções e incentivar uma exploração do ambiente com mais interesse.

Para isso, você pode experimentar luminárias de grande porte, displays não convencionais e até mesmo integrar produtos icônicos da sua marca à arquitetura da loja. Estruturas incomuns, como mesas esculturais ou plintos (muito comuns em exposições de arte) ajudam a apresentar os produtos de forma diferenciada.

Esse tipo de ambientação equilibra estímulo visual e traz uma dose de encantamento, criando um espaço inesperado e memorável, capaz de reforçar a identidade da marca com criatividade.

 

4- Superfícies estimulantes

Uma loja sensorialmente envolvente pode ser muito mais memorável para o cliente. Por isso, superfícies com texturas interessantes, como materiais felpudos, ondulados ou com acabamentos manuais, ajudam a criar um ambiente curioso e imersivo.

Segundo o EY Future Consumer Index, 57% dos consumidores globais desejam ver, tocar e sentir os produtos antes da compra, o que mostra como a presença física ainda é valorizada. Essa é uma boa estratégia para engajar os sentidos, assim como no Marketing Sensorial.

 

5- Jogo de padrões

Aqui, estamos falando de aplicar padrões divertidos e desenhos inesperados nos ambientes da loja, algo que pode transformar até os espaços mais neutros em pontos de interesse. Esses elementos ajudam a quebrar a monotonia e criam micro-momentos de alegria, a emoção que estamos buscando!

Assim, pequenos estímulos visuais podem surpreender e até mudar o humor do consumidor durante a jornada de compra. E esses estímulos visuais não precisam ser complexos, formas simples como ziguezagues ou círculos já criam um ambiente mais leve e acolhedor.

Para isso, vale explorar pisos, paredes e até fachadas com obras gráficas, cores contrastantes ou detalhes humorísticos. Além disso, padrões podem ser usados estrategicamente para guiar a navegação dentro da loja, com códigos de cores e desenhos temáticos que facilitam o deslocamento.

 

6- Investigativo e exploratório

Por fim, a última estratégia que vamos mostrar é para os curiosos com veia de detetive. Afinal, lojas que estimulam uma investigação podem transformar uma simples visita em uma experiência memorável.

Para isso, pode-se incorporar elementos inusitados, como pisos ondulados, paredes curvas ou caminhos não lineares. Dê material para o consumidor observar e interpretar! Assim, o espaço passa a estimular a imaginação e o desejo de descoberta. E isso cria uma sensação de desaceleração, ajudando os consumidores a se desconectarem do ritmo acelerado do cotidiano e se sentirem no momento presente.

O uso inteligente de wayfinding (processo de encontrar o caminho, ou seja, a capacidade de um indivíduo se orientar em um ambiente, seja físico ou virtual. Envolve a utilização de pistas visuais, auditivas e táteis para guiar a pessoa até um determinado destino) também é essencial para guiar esse fluxo de forma intuitiva, gerando explorações e momentos de interação pelo caminho.

Esperamos que este artigo tenha sido útil para você. Se você gostou, compartilhe com seus amigos, deixe seu comentário e continue acompanhando o nosso blog para mais dicas e tendências de moda.

Até a próxima!

© 2025. Todos os direitos reservados.

Tendências em Moda Íntima, Fitness e mais! | Blog da Zanotti Elásticos