Os consumidores nascidos entre os anos 1990 a 2010 estão revolucionando as novas formas de vestir. Entenda mais sobre a relação entre moda e geração Z.
Os jovens nascidos a partir da segunda metade dos anos 90 até 2010 possuem suas próprias regras de moda. Não dão muita importância para o que as demais pessoas gostam ou deixam de gostar.
Este público gosta de trazer à tona tendências de décadas passadas e levantam discussões sobre modelos e peças que podem dominar a moda novamente. Aos poucos esses resgates tomam conta das ruas e das vitrines e diversos públicos aderem aos movimentos.
A partir disso, inicia-se um embate entre gerações – que está dominando a internet! Geração Z vs. Millennials em uma guerra sobre o que é brega e antiquado ou, como dizem agora, “cringe”.
Mas afinal o que é esta geração Z? Neste conteúdo você vai entender como é a relação da moda e geração Z e quais impactos isso traz para a cadeia produtiva. Continue a leitura!
O que esta geração z quer da moda?
No que se refere a moda, a geração Z quer exclusividade. Eles desejam expressar a sua individualidade e personalidade com as roupas e não querem de jeito nenhum encontrar alguém, no mundo físico ou virtual, com a mesma roupa ou aparência que a sua.
Diversidade, exclusividade e autenticidade são três elementos que não podem faltar. Moletons, camisetas mais soltas e roupas confortáveis atraem a geração Z porque eles representam seu estilo despojado. E é isso que caracteriza esta geração: autenticidade, simplicidade e praticidade.
Um visual largado e estiloso ao mesmo tempo, mesclando roupas esportivas com roupas de lazer é a pegada para quem se veste como a geração Z.
Por isso, pense em artigos que ajudam este público a expressar sua individualidade. Eles valorizam muito a experiência que têm com a marca, então o investimento nessa personalização é essencial.
Moda sustentável
Uma pesquisa realizada pela Capgemini Research Institute indica que 63% dos consumidores da Geração Z levam a sustentabilidade como conceito mais importante ao decidir de qual marca ou loja comprar.
A busca por essas práticas sustentáveis passa por vários aspectos, desde procurar por marcas independentes com produtos locais, até tecidos e materiais reciclados e reaproveitados.
As empresas podem buscar se adequar também nas embalagens. Ainda de acordo com a pesquisa, 44% dos consumidores estão dispostos a pagar mais caro pela mercadoria. Se a embalagem for sustentável.
Outra tendência dessa geração é conhecida como Upcycling. Esse conceito é sobre a utilização criativa, ou seja, quando uma peça que não seria mais usada tem o seu ciclo de vida estendido, talvez até para uma função diferente da qual o item foi desenvolvido.
Resumindo: com a volta da moda diretamente dos anos 2000 como tendência para esta geração e a busca por um consumo mais sustentável, os brechós ganharam força. Muitas peças que seriam descartadas passaram a ter um novo valor comercial, principalmente no guarda-roupa da geração Z.
A onda dos brechós da moda e geração Z
De acordo com o relatório de 2021 do thredUp, plataforma de brechó on-line popular nos Estados Unidos, a pandemia da Covid-19 trouxe o mercado de segunda mão como uma tendência que não tem previsão de ir embora.
A maioria dos consumidores comprou seu primeiro item usado em 2020. Aumentou assim significativamente, a procura por comércios deste segmento em relação aos anos anteriores. Além disso, a preferência de procura por itens de maior qualidade aumentou, ao mesmo tempo que a prioridade de economia cresceu.
Parte dos responsáveis deste novo momento da indústria da moda — mais de 40% — corresponde a homens e mulheres pertencentes à geração Z, que consumiram itens de segunda mão nos últimos 12 meses.
Com quase metade dos consultados adeptos a brechós e afins, dá para imaginar que o hábito de consumo destes jovens não se trata de uma obrigação, mas de um estilo de vida.
Segundo a pesquisa, a maioria dos consumidores preferem adquirir roupas usadas para economizar. Também pela expectativa que serão surpreendidos por novas peças a cada visita.
Novo público
Consumidores da geração Z chegaram há pouco tempo no mercado, mas são formadores de opinião e têm um foco em potencial. Super conectados à internet, essa geração praticamente nasceu com um smartphone na mão. Por isso, a influência desse público é bastante alta, principalmente nas redes sociais.
As empresas estão cientes desse movimento, sendo assim, as labels vem se tornando o novo público como parte da estratégia de negócios.
Comportamento
Os jovens da geração Z querem conhecer a origem dos produtos que consomem. Investigar a cadeia de produção, as condições de trabalho e os impactos no meio ambiente. No momento da compra, preferem marcas socialmente responsáveis e que se posicionam favoráveis às causas sociais. Desde que o discurso seja autêntico.
Não consomem desenfreadamente e por conta do amplo acesso ao mundo digital, pesquisam muitas vezes antes de adquirir um produto. Ao mesmo tempo, valorizam a experiência sensorial, obtida pela compra em lojas físicas, apostando em empresas que oferecem serviços omnichannel.
Coleções com roupas para todos os corpos estão entre as principais demandas. A moda plus size, por exemplo, aparece em propostas atuais e que fogem dos estereótipos. O mesmo vale para a tendência genderless ou sem gênero.
Além da adequação no conceito e na produção dos produtos, a presença digital é cada vez mais indispensável para marcas que querem adentrar no consumo da geração Z. A relação deve ser próxima e contínua, com representações realistas e que reforcem os valores defendidos pela empresa.
Parcerias com influenciadores digitais e histórias genuínas de pessoas envolvidas no processo engajam muito mais que propagandas diretas, por exemplo. No fim, o comportamento da geração Z, está pautado em um olhar mais sustentável e realista. Além de abraçar as mais diversas formas de expressão.
Responsabilidade social
Inserida em um mundo digital, a geração Z é inquieta e se informa sobre o que consome. Eles representam um perfil de consumidor diferenciado do modelo convencional. Por isso priorizam marcas que tenham responsabilidade social.
Ao lado da procura por itens de brechó e da investida na customização, um hábito que deve ficar mais relevante na geração Z, é o apelo por produtos e serviços eco e pet-friendly.
Se não se adequarem a esses novos estilos de vida, as marcas ficarão para trás. Além de mais engajados socialmente, os consumidores da geração Z não têm medo de insistirem nas próprias convicções.
Moda íntima na geração Z
Na moda íntima, a escolha da geração Z é por calcinhas mais largas e sutiãs maiores que parecem tops esportivos. Peças íntimas no estilo cuecas femininas e que têm semelhança com as usadas pelos meninos também vão aparecer na gaveta de lingeries destas mulheres.
Além disso, outra tendência de moda íntima que está em alta e que é evidenciada por este público, é o uso de sutiãs sem aro ou inteiramente de renda. Esses modelos são mais confortáveis e também podem ser usados à mostra, como peça principal.
Este estilo de vida transmite conforto como prioridade, seja nas roupas, calçados e lingeries. O conforto está no toque, no tecido e nos aviamentos.
Esta geração Z, consumidora do momento, tem muito mais olhar para o conforto do que para inovações mirabolantes. O mundo da moda está voltando o olhar para este consumidor que busca o reaproveitamento e é adepto dos brechós e customização.
Nossa dica é sempre estar de olho nas redes sociais para acompanhar os desejos da geração Z. Eles sempre atualizam as suas contas e gostam de expressar os seus anseios.
Enfim, a relação entre moda e geração Z passa pela sustentabilidade, responsabilidade social e cuidado com o meio ambiente. As empresas que quiserem se destacar no mundo da moda, precisam estar ligadas nesta tendência.
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